quarta-feira, 11 de março de 2009

Seja Bem-Vindo!

Blog criado como exigência para conclusão da disciplina de "Práticas de Ensino" do curso de Capacitação para Docência do Ensino Profissional da Faculdade São Judas Tadeu.

Seja bem-vindo e sinta-se à vontade em deixar seus comentários.

Tema: Entraves na Educação de Crianças e Adolescentes

Subtemas: Evasão escolar, sexo na adolescência, escolha profissional, dificuldade na aprendizagem, bullying e violência em sala de aula.


Alunos: Antônio M. Júnior, Antônio Artênio, Eloisa Costa, Álvaro Ferreira, Márcia Maria, Núbia Castro e Flávio

Professora: Cristina Maia

Dificuldades de Aprendizagem


A área da educação nem sempre é cercada somente por sucessos e aprovações. Muitas vezes, no decorrer do ensino, nos deparamos com problemas que deixam os alunos paralisados diante do processo de aprendizagem, assim são rotulados pela própria família, professores e colegas.

É importante que todos os envolvidos no processo educativo estejam atentos a essas dificuldades, observando se são momentâneas ou se persistem há algum tempo.

As dificuldades podem advir de fatores orgânicos ou mesmo emocionais e é importante que sejam descobertas a fim de auxiliar o desenvolvimento do processo educativo, percebendo se estão associadas à preguiça, cansaço, sono, tristeza, agitação, desordem, dentre outros, considerados fatores que também desmotivam o aprendizado.

A dificuldade mais conhecida e que vem tendo grande repercussão na atualidade é a dislexia, porém, é necessário estarmos atentos a outros sérios problemas: disgrafia, discalculia, dislalia, disortografia e o TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

O aluno com dificuldade de aprendizagem sente-se rejeitado pelos colegas

- Dislexia: é a dificuldade que aparece na leitura, impedindo o aluno de ser fluente, pois faz trocas ou omissões de letras, inverte sílabas, apresenta leitura lenta, dá pulos de linhas ao ler um texto, etc. Estudiosos afirmam que sua causa vem de fatores genéticos, mas nada foi comprovado pela medicina.

- Disgrafia: normalmente vem associada à dislexia, porque se o aluno faz trocas e inversões de letras conseqüentemente encontra dificuldade na escrita. Além disso, está associada a letras mal traçadas e ilegíveis, letras muito próximas e desorganização ao produzir um texto.

- Dislalia: é a dificuldade na emissão da fala, apresenta pronúncia inadequada das palavras, com trocas de fonemas e sons errados, tornando-as confusas. Manifesta-se mais em pessoas com problemas no palato, flacidez na língua ou lábio leporino.

- Disortografia: é a dificuldade na linguagem escrita e também pode aparecer como conseqüência da dislexia. Suas principais características são: troca de grafemas, desmotivação para escrever, aglutinação ou separação indevida das palavras, falta de percepção e compreensão dos sinais de pontuação e acentuação.

- TDAH: O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um problema de ordem neurológica, que trás consigo sinais evidentes de inquietude, desatenção, falta de concentração e impulsividade. Hoje em dia é muito comum vermos crianças e adolescentes sendo rotulados como DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção), porque apresentam alguma agitação, nervosismo e inquietação, fatores que podem advir de causas emocionais. É importante que esse diagnóstico seja feito por um médico e outros profissionais capacitados.

Professores podem ser os mais importantes no processo de identificação e descoberta desses problemas, porém não possuem formação específica para fazer tais diagnósticos, que devem ser feitos por médicos, psicólogos e psicopedagogos. O papel do professor se restringe em observar o aluno e auxiliar o seu processo de aprendizagem, tornando as aulas mais motivadas e dinâmicas, não rotulando o aluno, mas dando-lhe a oportunidade de descobrir suas potencialidades.

Evasão Escolar


O sistema educacional brasileiro na sua prática enfrenta uma série de obstáculos, entre eles a Evasão Escolar, causada muitas vezes por reprovações consecutivas que acabam desmotivando o aluno e o levam a desistência.

Neste artigo abordaremos este problema, que nos últimos 10 anos cresceu em escalas alarmantes no Brasil, afastando crianças, jovens e adultos das salas de aula e passando a integrá-los a uma estatística que cresce a cada dia.

Segundo dados levantados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), a taxa esperada de conclusão do ensino fundamental é de 59%. O que significa que se não houver uma mudança no atual cenário de desigualdade, cerca de 41% dos estudantes brasileiros continuarão sem concluir sequer o nível obrigatório de escolaridade, levando-os a abandonar os bancos escolares.

O INEP realiza a cada dois anos uma avaliação da qualidade da educação básica, através da aplicação de provas a uma amostra de estudantes de quarta e oitava séries do ensino fundamental e de terceira série do ensino médio. O SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) fornece dados sobre o desempenho dos estudantes de todas as regiões e Unidades da Federação, das redes pública e privada e das áreas urbanas e rurais. Esses resultados são bastante preocupantes, pois evidenciam um desempenho médio muito baixo, com um intimo contingente com rendimento mais elevado. E, nesse caso, também, as diferenças entre os que estão nas classes de menor renda familiar e os das mais altas são gritantes. Os estudantes da rede pública apresentam desempenhos bem piores do que os da rede privada, sendo que essa desigualdade se acentua ainda mais quando se compara as regiões do País.

As diferenças precisam ser superadas, pois o País necessita de profissionais bem escolarizados e bem preparados em sua força de trabalho. Para atingir esse objetivo, é preciso aumentar rápida e significativamente os investimentos públicos na escolarização da população, em especial dos segmentos mais pobres da sociedade. Estão em jogo não apenas os direitos de cidadania e os ideais socialistas, democráticos e republicanos, mas também as possibilidades de desenvolvimento econômico e social da Nação (Inep. 2007)

Existe no Brasil quase um milhão e meio de crianças entre 7 e 14 anos sem matricula ou evadidas das escolas, segundo o Censo Demográfico de 2000. Essa legião de crianças excluídas das salas-de-aula representaria 5,5% dos brasileiros nesse faixa etária. Enquanto países semelhantes ao Brasil em termos de desenvolvimento e produção de riquezas apresentam números bem mais baixos.

Não há justificativa plausível para, em um País com o desenvolvimento econômico como o do Brasil, ainda haver graves e centrais problemas educacionais... é preciso enfatizar que os problemas educacionais são problemas de todos, da Nação, dos Estados, dos municípios e da sociedade. Portanto, os esforços para se ter todas as crianças na escola e aprendendo devem ser partilhados. Se houver sucesso, esse será de todos, se houver fracasso, todos são responsáveis (Araújo. 2002)


Motivos / Causas / Fatores

A evasão escolar não é apenas questão pedagógica. As limitações estão nas condições de vida da família, que repercutem diretamente na vida escolar da criança. Há desafios no cotidiano das escolas para a permanência dos alunos.

Por deficiência de aprendizagem. Essa evasão ocorre especialmente quando há a repetência. O aluno "fracassado" é desmotivado para aprender e acaba por abandonar a escola.

A vida sexual dos adolescentes inicia-se cada vez mais cedo. No Brasil, a cada ano cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70. A maioria delas, durante o período da gravidez, abandona a escola e não retorna mais.

Resultado, sobretudo, das próprias condições socioeconômicas da família do aluno. A tendência do abandono da escola vem da necessidade de ajudar na complementação da renda familiar. O IBGE calcula que os menores trabalhando cheguem a 5,1 milhões.

A questão central no campo da formação de professores é a desvalorização da profissão, a ausência de um piso salarial, de jornada integral de trabalho e concentração em uma escola. Também não há perspectiva de futuro, pois não temos uma carreira e condições adequadas de trabalho na escola pública, o que acaba por afastar os jovens da carreira e os professores do campo de trabalho. Temos também uma crise estrutural e institucional nos processos formativos. A predominância de cursos nas IES privadas, isoladas, afastados dos espaços de produção de conhecimento e pesquisa, impede que tenhamos uma formação de qualidade elevada de profissionais da educação para atuação na educação básica.

A precária das relações de trabalho e o rebaixamento salarial são apontados como pontos fundamentais na queda do interesse dos jovens pela licenciatura.

Consequências

As consequências da evasão escolar influenciam diretamente a vida social e econômica de um país. No Brasil observamos adultos despreparados para o mercado de trabalho, que não possuem os conhecimentos básicos para se inserirem nas ofertas de ocupações existentes, portanto não são capazes sequer de entrar na briga por uma oportunidade de emprego. Com isso aumenta-se a pobreza e a criminalidade, principalmente nos centros urbanos, que atraem indivíduos de outras regiões sem instrução escolar, através do sonho de melhores condições de vida. Estas pessoas se deparam com um mercado de trabalho com necessidades maiores do que eles podem lhe oferecer. E o resultado é o subemprego e o aumento das áreas de moradias impróprias para a uma vida saudável e digna para qualquer ser humano. A população sem oportunidade de emprego fica cada vez mais pobre e uma das consequências mais graves que percebemos nos grandes centros hoje é o aumento da criminalidade. O indivíduo sem ter como sobreviver de maneira digna passa a praticar crimes contra os cidadãos, muito por necessidade ou mesmo num ato de revolta. Pensando agora na descendência destes indivíduos, a tendência das crianças criadas neste meio é a de repetir os passos dados por seus progenitores que deixam a escola pela necessidade de sobrevivência imediata, não concluem nenhuma profissão, consequentemente não conseguem trabalho e partem para a fila do subemprego ou para a delinquência. Isto quando antes do primeiro passo já não se forma na escola do crime. O abando dos estudos juntamente com a pobreza são responsáveis ainda pelo aumento do índice de algumas doenças como malária, mal de Chagas, leishmaniose, e outras como HIV e as sexualmente transmissíveis. Isso acontece por falta de higiene necessária para saúde ou por falta de conhecimento da população pobre a respeito de como evitar o contagio de tais doenças. A evasão escolar também influência no crescimento econômico de um país, pois o indivíduo sem conhecimento necessário torna-se mão de obra desqualificada para determinadas profissões fazendo com que o Estado perca a chance de crescer e consequentemente de concorrer com outros países no mercado mundo.

Soluções

Iniciaremos explanando sobre o processo de formação continuada e permanente para professores.

O computador oferece ao professor uma ferramenta indispensável para essa atualização, pois ao incorporar-se à educação sintoniza os profissionais envolvidos, adaptando as teorias ao dia a dia em sala de aula.

É oportuno, ainda, que o professor busque inserir-se em projetos de reciclagem, voltados para a realização de atividades esportivas, recreativas e culturais, elaboração de material didático próprio, criação de bibliotecas comunitárias e itinerantes, além de monitoramento e avaliação das ações desenvolvidas com as turmas.

Paralelo às questões já mencionadas, está a iniciativa dos governantes, que deveriam aplicar de forma mais consciente as verbas destinadas à educação, elaborando programas nas esferas de ensino fundamental, médio e superior, além de cursos profissionalizantes. Cabe ainda aos governantes a tarefa de dar maior ênfase a planos de equiparação e melhoria de salários para os profissionais de educação.

Partindo-se do pressuposto de que os pais ou responsáveis de certa forma não dão a devida importância aos estudos de suas crianças, a presença dos mesmos dentro da escola é de crucial importância , participando de projetos e palestras; recebendo informações que podem ser de igual maneira veiculadas através de campanhas publicitárias na mídia.

O aluno, que é o principal interessado no meio escolar, é mantido sob vigilância permanente através de diário de classe, boletins individuais de avaliação, uso de uniformes impecáveis, culto à obediência, à superioridade do professor, etc. Essas situações trazem opressão ao aluno em seu campo do saber em momentos tão importantes do seu processo de construção do conhecimento. A escola precisa oferecer-se como um espaço onde a dialética possa se dar na horizontalidade e a democracia possa ser exercida de forma atrativa para aqueles que dela se valem como um princípio de direito.

É importante frisar a necessidade de fortalecimento dos Conselhos Tutelares no monitoramento da freqüência e permanência da criança na escola, implementação de políticas públicas eficazes por parte do Estado, suscitando complementação de renda familiar, na garantia da assiduidade escolar e combate a exploração do trabalho infantil.

“Os programas de erradicação do Trabalho Infantil deveriam incluir em seu escopo a profissionalização dos jovens e adultos que integram a família da criança. Deveriam fortalecer as redes institucionais de apoio a grupos sociais, articulando ações conjuntas com organizações governamentais e não governamentais, associações comunitárias, culturais e religiosas.”

A lei 10.097/2000, nos artigos 428ª 433 da CLT, determina que “o empresário se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de 18 anos, inscrito em programas de aprendizagem, formação técnico-profissional metódico, compatível com seu desenvolvimento físico, moral e psicológico...”

Há que se pensar, então, em uma educação de base com plenas garantias em termos de qualidade nas séries iniciais. É no início do processo de escolaridade que reside o resultado da bagagem de conhecimento que se refletirá no futuro. Não basta manter um índice elevado de alunos na escola no intento de elevar os dados estatísticos, como nação que caminha para erradicar o analfabetismo. Se a educação tiver qualidade, estará realizando o sonho daqueles que primam pela alteridade, equidade e justiça social.

Bullying




O que é Bullying?


O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima.


Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes:
Colocar apelidosOfenderZoar Gozar Encarnar Sacanear Humilhar


Fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences, etc...




E onde o Bullying ocorre?


O BULLYING é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de BULLYING entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.




De que maneira os alunos se envolvem com o Bullying?


Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a representar:


- alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING;- alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING;- autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING;- testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.


§ Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas.


§ Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Há jovens que estrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio.


§ As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente.




E o Bullying envolve muita gente?


A pesquisa mais extensa sobre BULLYING, realizada na Grã Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido BULLYING, pelo menos, uma vez por semana.


O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de Bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de Bullying.Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor freqüência, o BULLYING também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.

Quais são as conseqüências do Bullying sobre o ambiente escolar?


Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de BULLYING, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.




Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:


- depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de "superação” do poder que os subjugava.- seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento.


As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.


Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?


As crianças que sofrem BULLYING, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo. Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou a cometer suicídio.


E para os autores?


Aqueles que praticam Bullying contra seus colega poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho.Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de que autores de Bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em atos de delinqüência ou criminosos.

E quanto às testemunhas?


As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.

A Dificuldade na Escolha da Profissão


As vésperas das inscrições para os vestibulares, muitos jovens se encontram assustados, confusos, indecisos. São esses sentimentos que afloram na hora do jovem escolher sua profissão. Aquela certeza desde pequeno do que se vai ser quando crescer não rolou. Surge o medo de não dar certo. E a angústia aperta mais diante do variado leque de alternativas de curso superior. São inúmeras as opções e, a cada dia, surgem novas opções de carreiras e de oportunidades de trabalho. O que fazer? Esse turbilhão de dúvidas não deve ser encarado como um problema grave. Especialistas garantem que a insegurança diante da escolha profissional é um sintoma saudável e produtivo.

Com vários caminhos abertos à sua frente, o indeciso tem maiores chances de escolher melhor do que quem apóia sua certeza em fantasias. Por isso, recomenda-se que essa fase da vida seja enfrentada com tranqüilidade pelos jovens e sua família. Afinal, toda decisão pressupõe incertezas e uma dose de risco. E esse é o primeiro grande desafio do jovem diante do novo e do desconhecido.

Um passo importante para o jovem indeciso é investigar, reunindo informações sobre as profissões e cursos oferecidos pelas faculdades.
Fazer uma visita às faculdades pode ajudar na escolha, pois durante as visitas o jovem terá a oportunidade de ver de sentir o ambiente e ver de perto como são as aulas, além da estrutura da instituição.

Buscar o máximo de informações possíveis sobre os mais diversos cursos, pedir ajuda aos pais, trocar informações com amigos e parentes, procurar ampliar os conhecimentos, também pode ajudar na escolha.

Obter informações sobre uma profissão, não só no que diz respeito ao exercício da mesma, mas como está o mercado de trabalho, a faixa salarial para o profissional que a exerce, o campo de atuação profissional, como a mesma é aceita e inserida na sociedade, é fundamental.

À medida que formar opinião sobre as profissões que interessam mais, o aluno poderá buscar os locais onde existam esses profissionais e explicar que quer conhecer a forma como trabalham. Ver de perto os procedimentos de uma carreira é uma excelente forma de descobrir aquilo que gosta ou não.

Há ainda a opção de buscar apoio em empresas de orientação, onde se pode obter subsídios na busca da escolha profissional através de entrevistas, dinâmicas e testes vocacionais.
Ao pensar que a escolha é definitiva, a ansiedade de escolha toma proporções que podem até mesmo imobilizá-lo. O medo de errar na escolha fundamenta-se na fantasia de que exista “a escolha certa”, sendo todas as outras “escolhas erradas”. Na verdade, o que há são possibilidades de escolha – e uma tomada de decisão envolve o conseqüente luto pelas outras possibilidades deixadas de lado.

É comum encontrar engenheiros trabalhando na área de finanças, arquitetos se dedicando à área comercial, economistas cuidando de marketing. A mudança não significa fracasso nem frustração, mas sim a aceitação de desafios que a vida vai trazendo. Escolher uma profissão representa esboçar um projeto de vida, questionar valores, as habilidades, o que se gosta de fazer, a qualidade de vida que se pretende ter. E esse momento de reflexão pode render bem mais quando é compartilhado com a família. Mas, por excesso de liberalismo, muitos pais se omitem com a desculpa de não querer interferir na vida dos filhos.

Uma forma de diminuir a pressão é saber que essa escolha profissional não é necessariamente definitiva. Novos caminhos vão surgir durante a faculdade, o mercado de trabalho pode exigir adaptações ou uma grande guinada na carreira.

Doenças Sexualmente Transmissíveis


O que são as DST's?
São doenças que podem ser transmitidas (passadas) através do contato sexual.

Como se pega?
Através do contato sexual com um/a parceiro/a contaminado/a.

Quem pode pegar?
Qualquer pessoa que tenha atividade sexual ativa pode se contaminar com uma DST, incluindo o HIV-Aids. No entanto, o risco é muito maior nas pessoas que trocam freqüentemente de parceiros/as sexuais e/ou que não usam a camisinha masculina ou a camisinha feminina, em todas as suas relações sexuais.

Como elas podem ser percebidas? (Sintomas)
Corrimento uretral Corrimento vaginal Verrugas nos genitais Úlceras (feridas, bolhas) nos genitais Irritação (queimação) Tumorações (caroços, ínguas) Assintomáticos (Às vezes não aparece sintoma externo, ou seja, por fora. Por isso é muito importante procurar um serviço de saúde no caso de uma suspeita, mesmo sem ter qualquer um desses sinais)

Que conseqüências podem causar?
Se não forem tratadas logo e corretamente, as DST podem deixar seqüelas (conseqüências) graves, como por exemplo o comprometimento da capacidade de ter filhos no futuro e da qualidade das relações sexuais.


Conhecendo mais algumas dst´s


Cancro mole (cavalo)
Gonorréia (Uretrite gonocócica)
Pediculose pubiana (Chato)
Candida (candidíase genital)
Herpes genital
Sífilis
Cervicite
Hepatite B
Tricomoníase
Corrimentos Vaginais
Infecção por HPV
Uretrite não gonocócica
Donovanose (granuloma inguinal)
Infecção pelo HIV-Aids
Vaginose bacteriana
Escabiose (Sarna)
Linfogranuloma venéreo (mula)


Abaixo um exemplo de uma das dst´s


SÍFILIS

O que é?
É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum. Se não for tratada, pode ser progressiva e crônica.


Como se pega ?
Através de contato sexual com pessoa contaminada ou através de sangue contaminado. A mulher infectada também pode transmitir a sífilis para o filho durante a gravidez. Isso pode ser totalmente evitado se ela se tratar no pré-natal.


Quais os sintomas?
1- A primeira fase (sífilis primária):
Tanto para o homem como para a mulher, é o aparecimento de uma ferida no órgão genital chamada cancro duro, que geralmente é pouco dolorosa e desaparece sem tratamento. Na mulher a ferida pode estar escondida, ou seja, dentro da vagina ou no colo do útero, e passar desapercebida.
2- A segunda fase (sífilis secundária):
Numa, segunda fase da doença surgem manchas na pele (freqüentemente nas palmas das mãos e planta dos pés) e íngua na virilha, que também podem desaparecer sozinhas, o que não significa estar curado/a.
3- A terceira fase (sífilis terciária):
Numa terceira fase, a doença pode causar lesões nos ossos, coração, sistema nervoso, podendo levar à paralisia, doença mental, cegueira ou até a morte.

Quanto tempo demora para aparecer?
Os primeiros sintomas aparecem numa média de 21 dias após a contaminação.A Segunda fase pode surgir após 6 a 8 semanas dos primeiros sintomas. A terceira fase apresenta sinais e sintomas geralmente após 3 a 12 anos de infecção.


Como se faz o diagnóstico?
Através de exame clínico e laboratorial (quando tiver alguma lesão) e/ou exame de sangue específico para a doença.


Como é o tratamento?
O tratamento deve ser feito o mais rápido possível.